Por: Maurício Colombino
Foto: Divulgação

Realizada na última semana em São Paulo, a Bett Brasil Educar 2025 chegou com a promessa de ser o maior encontro de educação da América Latina. Mas, para muitos educadores, gestores e profissionais da área, a sensação foi de mais do mesmo. Em vez de provocar, inspirar ou lançar tendências, o evento pareceu sobreviver aos tropeços, mantendo a estrutura de sempre, mas sem grandes novidades que de fato surpreendessem seu público-alvo.

A feira ainda se sustenta pelo seu nome forte e pelo networking que proporciona. Mas quando o conteúdo empaca na repetição, e os debates giram em torno das mesmas ideias dos anos anteriores, a impressão é de que falta ousadia e escuta ativa do que realmente pulsa nas escolas, universidades e instituições educativas.

Educadores esperam mais do que vitrines tecnológicas: querem soluções reais, acessíveis, debates atuais e aprofundados sobre inclusão, metodologias ativas, bem-estar docente e inovação que vá além do marketing. Em 2025, isso não deveria ser uma expectativa — deveria ser a base.

A Bett Brasil Educar ainda é um espaço relevante, mas precisa se reinventar se quiser continuar sendo referência. O futuro da educação exige mais do que discursos prontos: exige ação, coragem e conexão genuína com quem faz a educação todos os dias — dentro da sala de aula.