Por: Felipe Lucchesi
Foto: Divulgação

Em única apresentação realizada na noite de 1º de agosto, o Teatro B32, em São Paulo, foi palco de uma experiência cinematográfica inesquecível: o Cine Concerto O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

Com projeção do filme em tela grande e execução ao vivo da trilha sonora original, o espetáculo arrebatou o público ao unir som e imagem com precisão e sensibilidade.

Idealizado e produzido pelo compositor e pianista Anselmo Mancini, que também assina a direção musical, o projeto reuniu músicos experientes para interpretar, com fidelidade, a sonoridade encantadora criada por Yann Tiersen. A formação contou com Mancini no piano, Dicinho Areias (acordeom), Amauri Lopes (violino), Thiago Righi (bandolim) e Everton Barba (bateria e percussão).

Com um sistema exclusivo de sincronização entre som e imagem, o concerto foi muito além de uma simples sessão de cinema. Cada nota foi cuidadosamente cronometrada para acompanhar, ao vivo, o ritmo narrativo e emocional do longa. O resultado foi uma vivência sensorial completa, que deu nova vida ao clássico francês e comoveu o público presente.

Entre os presentes estava Natália Venâncio, Coordenadora de Comunicação, que acompanhou o espetáculo ao lado de um amigo, também fã da obra. Para ela, o evento proporcionou uma conexão ainda mais profunda com a narrativa: “Sou fã de Amélie Poulain porque é um filme sensível, colorido, vibrante e acolhedor. Me identifico com a personagem nas ilusões cotidianas, no fazer bondades rotineiras sem esperar nada em troca, na fantasia das paixões incontroláveis, no impulsionamento dos familiares a uma vida melhor e no enfrentamento e fuga dos próprios medos e inseguranças. Assistir ao filme ouvindo a orquestra ao vivo tornou o filme ainda mais especial, é como se o vídeo ganhasse vida, o que trouxe ainda mais doçura, leveza e sensibilidade. Foi um momento mágico!”

Dirigido por Jean-Pierre Jeunet, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain narra a história de uma jovem parisiense que decide transformar a vida das pessoas ao seu redor com pequenos gestos de bondade. O filme, lançado em 2001, se tornou um fenômeno global, com cinco indicações ao Oscar, quatro prêmios César e dois BAFTAs, firmando-se como um dos grandes marcos do cinema contemporâneo.

A trilha sonora de Tiersen — composta por instrumentos como piano, acordeom e bandolim, além de elementos inusitados como brinquedos e máquina de escrever — é parte fundamental da atmosfera poética do filme. Executada ao vivo, ela ganhou contornos ainda mais vibrantes, intensificando o vínculo emocional com a história e seus personagens.

A noite de 1º de agosto foi marcada por encanto, emoção e aplausos entusiasmados. Um encontro entre cinema e música que comprovou, mais uma vez, o poder transformador da arte quando ela é vivida em sua plenitude.