HBO lança “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, minissérie que revisita o caso com rigor, sensibilidade e nova perspectiva
Obra é baseada no premiado podcast Praia dos Ossos, da Rádio Novela
Por: Mariana Mourão
Foto: Divulgação


A HBO Max estreou em 13 de novembro de 2025 a minissérie brasileira Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, uma produção da HBO em parceria com a Conspiração Filmes que chega ao streaming com uma abordagem potente, cuidadosa e profundamente humana sobre um dos casos mais marcantes da história criminal do país.
Baseada no premiado podcast Praia dos Ossos, da Rádio Novela, a minissérie resgata o assassinato da socialite Ângela Diniz, ocorrido em 1976, e acompanha os desdobramentos de um julgamento que expôs o machismo estrutural da época e transformou o caso em símbolo de luta por justiça. Com roteiro de Elena Soárez e direção precisa de Andrucha Waddington, a produção equilibra apuro dramático e investigação jornalística em um formato que prende, emociona e provoca reflexão.
Marjorie Estiano entrega uma das performances mais marcantes de sua carreira como Ângela, trazendo nuances, força e vulnerabilidade para uma figura frequentemente reduzida a estereótipos. Emílio Dantas, que interpreta Doca Street, compõe um antagonista complexo, evitando caricaturas e abrindo espaço para o debate sobre violência de gênero e responsabilização.
O elenco ainda reúne Renata Gaspar, Thiago Lacerda, Thelmo Fernandes, Joaquim Lopes, Emílio de Mello e Pedro Nercessian, todos contribuindo para uma narrativa envolvente, fluida e construída com rigor artístico.
Com fotografia sofisticada, direção apurada e um olhar atento à memória histórica, Ângela Diniz: Assassinada e Condenada se destaca pela forma respeitosa e necessária com que revisita o caso. A minissérie honra a trajetória de Ângela ao desmontar narrativas antiquadas e dar centralidade à sua voz — algo que, durante décadas, lhe foi negado.
A produção se firma como um dos lançamentos mais relevantes da HBO em 2025, oferecendo ao público não apenas entretenimento, mas também uma reflexão urgente sobre violência contra a mulher, justiça e como a história precisa, sim, ser contada de maneira justa e atualizada.
