Por: Mariana Mourão
Foto: Divulgação

O tão aguardado show de Lady Gaga no Rio de Janeiro, que prometia ser um marco para os fãs e a cidade, terminou deixando um gosto amargo. O palco, estrategicamente posicionado de frente para a área VIP e distante para a multidão, simbolizou o que muitos sentiram: um evento pensado para poucos, ignorando justamente quem sempre esteve na base do sucesso da artista – o povo, a periferia, a comunidade LGBTQ+ e todos que vivem à margem.

Lady Gaga sempre foi celebrada por sua conexão com causas sociais, por dar voz a quem não tem. Mas o que se viu no Rio foi o oposto. Nem um aceno no aeroporto. Nenhuma palavra, nem do alto do Copacabana Palace. Um silêncio que gritou.

O show, visualmente grandioso, pecou no essencial: o afeto, o respeito, a troca. Faltou humanidade. O estrelismo sobressaiu à empatia. Fãs que esperaram horas, dias, ficaram sem sequer um olhar. Não se trata apenas de logística, mas de sensibilidade.

Fica o alerta – e a reflexão: você admira quem te respeita ou quem te ignora? Ídolos são construídos por fãs, e se esquecem disso por conta e risco.